segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tropa de Elite - 2

Você com certeza sentiu a repercussão do estrondoso sucesso que foi o Filme Tropa de Elite 2 - O Inimigo Agora é Outro.
Foi simplesmente o filme nacional de maior bilheteria da história.





Se você não assistiu o filme no cinema, alugue-o ou compre o DVD. Recomendamos muito que todos assistam. Mas não compre pirata. Se você fizer isso, é apenas mais um babaca hipócrita.

O filme, diferentemente do primeiro que mostra a coisa no nível da pancadaria, ou seja, como o BOPE age sem pena de bandido, agora amplia a visão pro âmbito político.
Lá onde tudo começa, onde são fornecidos os meios para a corrupção em todos os lados. Tropa 2 mostra a formação das milícias e como elas agem no Rio de Janeiro. No filme, tanto o governador quanto o secretário de segurança, assim como deputados estão envolvidos diretamente com a milícia. Elas são uma máquina de dinheiro e de votos. Os moradores são coagidos por milicianos a votar em quem os apóia.

Nisso entra o Capitão, agora Tenente-Coronel Nascimento. Juntamente com o deputado Fraga, que agora é marido da ex-mulher de nascimento e ativista dos direitos humanos. Em meio a intrigas familiares e também na corporação (Matias deixa de acreditar em Nascimento) o Coronel tem que seguir na sua luta contra o sistema.

Nascimento, agora promovido a sub-secretário de inteligência tenta equipar o BOPE com o melhor do mundo bélico, e transforma a equipe numa "máquina de guerra".
Mas as coisas não saem bem como o esperado.
O governo se utiliza do BOPE para que este limpe as favelas dos traficantes, e então os milicianos chegam e tomam conta. Frustrado, agora Nascimento tenta usar da secretaria de inteligência para combater a milícia. Porém, quando a briga atinge seu filho, ele percebe que não irá conseguir resolver na inteligência e terá que partir para o confronto físico que, diga-se de passagem, ele se dá muito melhor.

Isso o torna um verdadeiro super-herói brasileiro. Ele não tem medo de ninguém. E não precisa baixar a cabeça. Ele tem o BOPE por trás dele. Mesmo que a milícia tente matá-lo, o BOPE está lá para afugentá-la. Junto com o BOPE ele confronta o próprio secretário de segurança, numa das surras mais bonitas do cinema.

Mas em meio a tanta sujeira, Nascimento descobre que o sistema é vivo. Ele quis combate-lo de várias maneiras e até sozinho, mas não conseguiu vencê-lo. "Se você derruba um líder, o sistema levanta outro" são suas palavras. É uma trama diabólica onde todos os seres humanos estão envoltos e poucos conseguem perceber e se libertar. A temática do filme é parecida com a de Matrix, onde alguns tentam se libertar de uma mentira imposta como se fosse o próprio tecido da realidade, mas muitos preferem nem saber o que é real. Neste mundo, as coisas já vem sendo trabalhadas para isso há muitos séculos por pessoas muito poderosas. As milícias no Rio de Janeiro são a menor parte do sistema.

E talvez como o próprio Nascimento conclui, não há como combater o sistema. A melhor forma de combatê-lo é não se corrompendo, não fazendo parte do sistema. Mas toda vez que você faz algo que sabe que é errado, mesmo que seja pouca coisa, como roubar materiais do escritório, trair o cônjuge, sonegar impostos, você é só mais um alimentador do sistema.

Não se corrompa. Não se venda. E quem sabe assim, um dia veremos o sistema ao menos enfraquecido.



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